É necessário reeducar o ego!
É necessário reeducar o ego!
Márcia Cordoni

Márcia Cordoni

É necessário reeducar o ego!

Para falar sobre emoções, temos, necessariamente, que falar sobre o ego.
Quando alguém nos desagrada, a atitude mais primária que temos é querer livrar-nos da pessoa, ao invés de administrar o relacionamento e torna-lo produtivo.
Quando um animal é indomável, a solução primitiva é castrá-lo.  Assim fazem os primitivos com o ego.  Por não saberem lidar com ele, preferem aniquilá-lo.
No Método DeRose, no entanto, entendemos que o ego é uma ferramenta importante do ser humano.  Não queremos acabar com o ego.  Ao contrário, nosso trabalho atua no sentido de reforça-lo para poder utilizar sua colossal força de realização.
Sem ego não há criatividade, combatividade, arte ou beleza.
O nosso método quer que você reforce seu ego e sua libido e canalize essa força resultante para fins construtivos.
Então, vamos aprender a converter energias negativas em positivas.

reeducar o ego

A coluna da esquerda apresenta alguns sentimentos que nossa cultura judaico-cristã deprecia.  Contudo, a raiva constrói.  A agressividade, educada, conduz à vitória.  Dessa forma, se eliminarmos o ego, eliminaremos também os tratores do sucesso: o erotismo, a raiva, o orgulho, a ambição e a agressividade.
Imagine que você é deixado com os olhos totalmente vendados numa esquina da avenida mais movimentada de uma metrópole e é obrigado a atravessá-la, sem tirar a venda dos olhos.  Você, provavelmente, ficaria com medo de tomar essa iniciativa e acabar atropelado.
Ao trabalhar com a substituição das energias negativas proposta na tabela acima, verificamos que uma boa ideia para transformar o medo é substitui-lo por precaução.  Poderíamos ser precavidos nesta situação ao solicitar a ajuda de alguém para nos atravessar. 
Anular o ego seria como castrar um animal de montaria e depois querer cavalga-lo, cabisbaixo e sem libido.  Trabalhar o ego equivale a domar e montar um cavalo andaluz inteiro, fogoso, orgulhoso, com sua cabeça erguida e suas passadas viris.
Castrar o ego seria fácil demais.  Domá-lo, isso sim, é uma empreitada que requer coragem e muita disciplina.
Sua montaria é o ego.
Você prefere cavalgar um pangaré derrotado ou um elegante garanhão?
Portanto, no lugar de dedicar esforços para destruir, vamos investir em algo construtivo.  Cultive seu ego com disciplina e a noção realista de que precisamos dele para a nossa realização pessoal, profissional e evolutiva.

Retirado e editado do livro Origens do Yôga Antigo – DeRose

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