Bons hábitos – construa a vida que deseja!
Bons hábitos – construa a vida que deseja!
Márcia Cordoni

Márcia Cordoni

Bons hábitos – construa a vida que deseja!

Nosso organismo está sempre aprendendo. Todos os estímulos que ele recebe servem de base para a sua constante adaptação. É algo que pode ser visto até como tática para economizar energia. Se, por exemplo, contraímos constantemente um determinado músculo, o corpo vai se modelando àquele estímulo e fará com que o músculo já fique contraído. Padrão orgânico que se aplica similarmente também às nossas emoções e aos nossos pensamentos.
Nossos sistemas estão o tempo todo revisando as suas atividades internas e regulando-as de acordo com o que sentimos. É um mecanismo genial. A nossa homeostase leva em consideração as flutuações de estímulos num constante reestabelecer do equilíbrio dinâmico que lhe é inerente. Se tratamos de comer só cenouras, a dinâmica físico-química interna irá se remodelar a fim de encontrar o conjunto de reações mais compatível com esse padrão alimentar. Se estamos com frio, a pele, os órgãos, as circulação sanguínea, a respiração e tudo o mais trata de responder a isso.
O ponto interessante e útil a ser tirado daí é que o estímulo constante acaba por gerar uma dinâmica interna que pede por mais do mesmo que a criou. Os hábitos nos faz condicionados. Se começarmos a correr todos os dias, em um dado momento o corpo começará a sentir falta se não o fizermos. Se nos alimentarmos todos os dias no mesmo horário, podemos até nos esquecer do relógio. A fome virá na hora exata. E isso funciona para tudo.
Entender esse processo é de muita utilidade, pois nos permite colocar em termos mais palpáveis algo que antes parecia estar fora da nossa capacidade de decisão. Não é por determinismo genético que acontece de uma pessoa ser introvertida e outra ser extrovertida. Conclui-se daí que a pessoa não é, e sim está introvertida. Padrões de emoções que vivenciamos, o que pensamos, a nossa persona é temporária. Em parte cada um de nós só está seguindo a inércia dos estímulos que nos são mais constantes e/ou relevantes.
Todos temos traços de personalidade que gostaríamos de modificar, de assimilar ou de reforçar. Se compreendemos essa mecânica, podemos observar e escolher conscientemente com o quê nos colocaremos em contato. Se queremos ser mais alegres podemos frequentar pessoas mais alegres, criar ambientes mais alegres, assistir a filmes mais alegres e ouvir músicas mais alegres. Isso vai nos levar até lá. Para desenvolvermos toda a sorte de características que queiramos, temos uma ferramenta: o convívio com coisas que as reforcem. A melhor forma de nos tornarmos bem sucedidos no que quer que seja é travando contato com pessoas que já conquistaram aquilo.

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